A Hyundai não se orgulha muito de seu passado, nem quem teve os carros dessa época. Dificilmente a fabricante exalta algum modelo antigo ou algum feito de anos atrás. A marca coreana não tem, por assim dizer, um “clássico”. Por isso investe pesado no presente e aposta alto para o futuro, sem vergonha de ousar.
Presente no Salão de Genebra, a Hyundai tem como pontos altos o i30 Wagon, a versão perua baseada na nova geração do i30 (e candidato a “ícone”) e o conceito futurista i-oniq, uma amostra do que coreanos planejam para mais adiante. Ou nem tanto.
i30, o futuro ícone?
O i30 perua repaginado é obra do designer alemão Thomas Burkle, o chefe da área nos estúdios da montadora e a frente da revolução visual da Hyundai, que segue o mesmo passo de ousadia e eficiência da Kia Motors, onde Peter Schreyer, outro badalado designer alemão, chefia as pranchetas de desenho.
Além do desenho modificado, que aposentará em breve a cara do i30 CW atual, o modelo ficou mais eficiente para sua proposta, que é basicamente o transporte de famílias. O porta-malas teve sua capacidade ampliada de 378 litros para 528 l, sem rebater os bancos. A leve “esticada” de 185 mm no comprimento do veículo, agora com 4,48 metros, garante mais espaço na cabine.
O leque de motorizações para o i30 wagon é igual ao do hatch lançado no Salão de Frankfurt, em 2011. São três opções do bloco 1.4 turbodiesel e outras três 1.6 com injeção direta de gasolina, gerando entre 90 cv e 135 cv. A lista de equipamentos também segue a risca o conteúdo do modelo, com ar-condicionado digital, freios ABS e controle de estabilidade (ESP), airbags, entre outros.
Será oferecido no Brasil? Essa é uma pergunta a ser respondida pelo grupo CAOA, o representante oficial da marca coreana em nosso país. Eles, no entanto, dizem ainda não ter informações sobre o lançamento. Ou seja: entrou para lista de “mistérios”.
O futuro é verde
O conceito que a Hyundai apresenta em Genebra se chama “i-oniq”, uma mistura do termo moderno para artigos tecnológicos, o “i”, com o processo de “ionização”. Para quem não lembra das aulas de química, esse é o procedimento que produz íons, o que os cientistas chamam de “espécies eletricamente carregadas” e o público de “baterias”.
Trata-se de mais um carro híbrido, mas desta vez com uma configuração distinta. O i-oniq alia seu motor elétrico (alimentado por baterias de íon-lítio) a um bloco 1.0 abastecido com GNV, o gás veicular. De acordo com a montadora, o protótipo pode rodar até 120 km somente no modo elétrico e 700 km com as forças combinadas.
Já o visual reúne todos os ingredientes do “carro do futuro”: portas asa-de-gaivota, contornos no estilo roundsquare (o quadrado “arrendondado” dos iPods) e conjunto óptico com LEDs. Tais recursos, é o que a Hyundai promete para seus carros no futuro, além de quem sabe, até o próprio i-oniq em uma versão de produção.
Fonte: iGCarros
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